Regência verbal e nominal
A regência estuda as relações e subordinação entre um nome (ou um verbo) e seus complementos, ou seja, a regência estuda a relação entre o verbo e nome e os termos que se ligam a ele.
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Sua função é estabelecer relações entre as palavras, fazendo com que a criação de frases não tenham duplo sentido, sendo corretas e claras.
A regência pode ser verbal ou nominal
Regência Verbal
A regência verbal estuda a relação e subordinação entre um verbo e o termo da oração que o complementa, ou seja, ela determina as ligações entre as funções sintáticas que se ligam ao verbo, sujeito, objeto e adjunto adverbial.
Conforme o tipo de complemento vai precisar ou não de preposição, podendo inclusive mudar o sentido do verbo.
Preposições essenciais: Funcionam essencialmente como preposição.
a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás;
Exemplos:
Foi andando até o cinema para assistir a um filme.
Vou comer uma pizza de calabresa
Preposições acidentais: São palavras que pertencem a outras classes gramaticais, mas que funcionam como preposição. Sua função original não seria de preposição.
Afora, conforme, como, consoante, durante, exceto, salvo, feito, fora, segundo, senão, mediante, menos, salvo e etc…
Exemplos:
Os alunos ganharam como prêmio um dia sem aula
Durante o dia estou dando aula
Nós temos os termos regente e regido, mas o que seria isso?
Termo regente é o verbo
Termo regido é o seu complemento verbal, que normalmente é o objeto direto, objeto indireto ou o adjunto adverbial.
Uma coisa que você tem que ficar bem atendo é que na regência verbal, as preposições pode combinar ou contrair com artigos e pronomes:
Exs:
por + o = pelo
em + as = nas
de + isto = disto
a+ a = à
a + o = ao Dentro outras mais…
Para entendermos como funciona a regência verbal, devemos entender a transitividade verbal.
ATENÇÃO: Só existe transitividade em verbos significativos, ou seja, aquele que expressa uma ação ou fenômeno da natureza.
Verbos de ligação não tem transitividade, pois não tem objeto.
Transitividade verbal
A transitividade é quando um verbo precisa ou não de um complemento verbal (objeto)
Verbo intransitivo: Não precisa de complementos para ter sentido completo, por isso, não necessitam de termos, objeto que recebam a ação.
Ex.:
Amanheceu
Sofri muito no passado
Minha mãe morreu ontem
Mesmo que a oração tenha mais elementos, elas não são essenciais para entender a ação do verbo.
Verbo transitivo: É aquele que necessita de um complemento para ter sentido completo.
Nós temos o Verbo Transitivo Direto (VTD), Verbo Transitivo Indireto (VTI) e o Verbo Transitivo Direto e Indireto (VTDI)
Verbo Transitivo Direto (VTD):
É aquele que o complemento verbal não inicia com preposição, ou seja, a relação completa de sentido é estabelecida sem a necessidade de preposição.
João comeu biscoito
Comeu: VTD
Biscoito: complemento do verbo – objeto direto
Verbo Transitivo Indireto (VTI):
É aquele que o complemento verbal inicia com preposição, ou seja, tem que ter além do objeto que complementa o verbo, uma preposição.
João gosta de biscoito
Gosta: VTI
De: Preposição
De biscoito: complemento do verbo – objeto indireto
Verbo transitivo direto e indireto (VTDI)
São os verbos que necessitam de 2 complementos, um direto e um indireto
João convidou seus amigos para uma festa
Convidou: VTDI
Seus amigos: complemento do verbo – Objeto direto
Para: Preposição
Para uma festa: complemento do verbo – Objeto indireto
ATENÇÃO: Não pode ter dois objetos iguais para o mesmo verbo, ou seja, tem que ser um objeto direto (OD) e o outro objeto indireto (OI);
Vamos aos verbos:
ACUSAR
Verbo Acusar no sentido de incriminar
Ela sempre costuma acusar colegas
Acusar: VTD
Colegas: Complemento do verbo – Objeto direto
Com objeto direto e indireto e preposição de
Acusou o homem de estelionato.
Acusou: VTDI
O homem: Complemento do verbo – Objeto direto
De: preposição
De estelionato: Complemento do verbo – Objeto indireto
AGRADAR
Verbo agradar no sentido de mimar usa-se objeto direto.
João esforçava-se sempre para agradar Marcos.
Agradou: VTD
Marcos: Complemento do verbo – Objeto direto
Verbo agradar no sentido de satisfazer usa-se objeto indireto com preposição “a”
O discurso agradou a plateia
Agradou: VTI
A: Preposição
A plateia: Complemento do verbo – Objeto indireto
CHAMAR
Verbo chamar no sentido de convocar pede objeto direto.
Chamaram todos os funcionários para a reunião.
Chamaram: VTD
Todos os funcionários: Complemento do verbo – Objeto direto
Regência Nominal
A regência nominal estuda a relação e subordinação entre um nome (adjetivo, substantivo ou advérbio) e seus complementos através de uma preposição. Este complemento é chamado de complemento nominal que completa o nome para que ele tenha um significado claro.
As preposições mais utilizadas são: por, com, a, de, em, para.
Exemplos:
1. Os catadores sentem desejo por uma vida melhor.
Desejo (substantivo)
Complemento nominal (preposição por)
2. O professor era indulgente com nossos erros.
Indulgente (adjetivo)
Complemento nominal (preposição com)
3. Hoje a saúde infelizmente não está acessível a todos
Acessível (adjetivo)
complemento nominal (preposição a)
4. Não tenho medo de você
Medo (advérbio)
Complemento nominal (preposição de)
5. Ele tinha confiança em que sairia vitorioso
Confiança (substantivo)
Complemento nominal (preposição em)
6. Este filme é impróprio para menores de dezoito anos
Impróprio (adjetivo)
Complemento nominal (preposição para)