HIDROGRAFIA
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O que é hidrografia?
A hidrografia é uma área da Geografia que estuda as águas do planeta, abrangendo oceanos, mares, geleiras, água do subsolo, lagos, água da atmosfera e rios.
Os rios são partes importantes no assunto de hidrografia e podem ser classificados de várias formas, conforme sua formação, o tipo de água, ou a frequência com que a água ocupa as drenagens.
O Brasil, dada a sua grande extensão territorial e a predominância de climas úmidos, tem uma extensa rede hidrográfica. Todos os rios, com exceção do Amazonas, possuem regime pluvial e todos são exorreicos, sendo a maioria perene e alguns deles temporários. (Caiu em concurso – Ano: 2016 Banca: CESGRANRIO Órgão: IBGE);
Nós temos:
Rios perenes: Correm o ano inteiro, independentemente das condições climáticas. O rio São Francisco é um exemplo de rio perene.
Rios intermitentes ou temporário: São aqueles que durante o período das chuvas (ou “cheias”), apresenta água em seu curso e durante o período de estiagem (ou “secas”) desaparecem temporariamente.. São comuns em áreas semiáridas e áridas, como alguns rios do Nordeste brasileiro.
E como uma parte do Nordeste é semiárida, é comum que isso ocorra.
Em função do regime pluvial, a concentração de rios temporários encontra-se na região Nordeste. (Caiu em concurso – Ano: 2016 Banca: CESGRANRIO Órgão: IBGE);
Rios efêmeros: Existem somente quando acontecem fortes chuvas, sendo do tipo pouco comum e de previsão pouco efetiva.
Rios de planalto: Correm em regiões com altitudes variadas e relevos acidentados. Geralmente tem fluxo forte e quedas de água. São ideais para a geração de energia elétrica. Devido a estas características não são recomendados para a navegação.
Rios de planície: Ao contrário dos rios de planalto, eles correm em áreas relativamente planas, com um curso mais regular e fluxo menos rápido, por isso, são melhores para a navegação.
Rio Exorreico: Um rio exorreico é um rio que deságua no mar ou oceano, ou seja, as águas escoam de forma contínua até o nível marinho.
Rio Endorreico: As águas escoam para o interior do continente, desembocando em lagos ou dissipando-se no deserto.
Rio Arreico: A água se perde pelo caminho, seja por evaporação, seja por infiltração no solo.
Rio Criptorreico: A água adentra no interior da Terra e alimenta cavernas, grutas, lagos e rios subterrâneos.
O Brasil possui a maior reserva de água doce do nosso planeta. Essa água é utilizada para os mais diversos fins: consumo direto, produção de alimentos através da agricultura e pecuária, produção de bens de consumo através da indústria, produção de energia, entre outros fins.
No caso do Brasil, a água doce é proveniente da vazão das águas de outros países (principalmente na Bacia Amazônica) e das chuvas, que quando caem no solo podem escoar pela superfície até alcançar o leito dos rios ou infiltrar e ser armazenada como água subterrânea. Ambas parcelas, superficial e subterrânea, contribuem para a vazão dos rios.
A distribuição das águas no território brasileiro é bastante desigual, sendo que 80% da água superficial do país encontra-se na Região Hidrográfica Amazônica. Para facilitar o gerenciamento do uso da água, o sistema hídrico brasileiro é dividido em 12 regiões hidrográficas, sendo que cada uma destas regiões compreende uma ou mais bacias hidrográficas. A bacia hidrográfica é uma unidade geográfica delimitada pelos divisores de águas, formados, normalmente, por serras e planaltos. A chuva que cai dentro da área da bacia hidrográfica, quando não infiltra, escoa superficialmente em direção ao rio principal. (Fonte: IBGE)
Características gerais: O Brasil tem riqueza de rios, mas pobreza de lagos. Predomina rios de Planalto(Correm em regiões com altitudes variadas e relevos acidentados) e rios perenes(Correm o ano inteiro, independentemente das condições climáticas.).
A bacia hidrográfica é uma área geográfica composta pelo rio principal e seus afluentes e delimitada pelos divisores de águas, formados pelo ponto mais alto do relevo. (Caiu em concurso – Ano: 2023 Banca: IBFC Órgão: IBGE);
Este mapa apresenta a divisão do país em regiões hidrográficas.
A Divisão Hidrográfica Nacional, instituída pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), estabelece as doze Regiões Hidrográficas brasileiras.
São regiões hidrográficas: bacias, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas próximas, com características naturais, socais e econômicas similares.
Esse critério de divisão das regiões visa orientar o planejamento e gerenciamento dos recursos hídricos em todo o país.
Região hidrográfica Amazônia:
A Região Hidrográfica Amazônica (RH Amazônica) ocupa 45% do território nacional, abrangendo sete Estados (Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Amapá, Pará e Mato Grosso). Possui uma extensa rede de rios com grande abundância de água, sendo os mais conhecidos: Amazonas, Xingu, Solimões, Madeira e Negro. A densidade populacional é 10 vezes menor que a média nacional, entretanto, a região concentra 81% da disponibilidade de águas superficiais do país. Cerca de 85% da área da RH Amazônica permanece com cobertura vegetal nativa. Fonte: IBGE
Bacia amazônica:
A bacia Amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo e está localizada no Brasil e em mais sete países da América do Sul, sendo eles, Bolívia, Colômbia, Suriname, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Peru.
Possui cerca de 7 milhões de km². Ela é composta de mais de 1700 rios e o principal é o Rio Amazonas. Outros rios importantes são o Rio Negro, Rio Solimões, Rio Madeira, Rio Xingu, Rio Tapajós, Rio Purus, Rio Branco e Rio Juruá.
Região Hidrográfica Atlântico Leste
Grande parte de sua área está situada na região semiárida, que possui períodos de prolongadas estiagens. A RH Atlântico Leste possui a segunda menor disponibilidade hídrica, dentre as doze regiões hidrográficas brasileiras.
Principais temas para a gestão das águas: irrigação, indústria, abastecimento público, qualidade da água e disponibilidade hídrica. Fonte: IBGE
Bacias que a compõe:
Ela é formada por diversas sub-bacias das quais se destacam: Bacia de Jequitinhonha, Bacia de Vaza-Barris, Bacia de Contas, Bacia de Mucuri, Bacia de Itaúnas, Bacia de São Mateus, Bacia Itapicuru, Bacia Paraguaçu e Bacia do Rio Pardo.
Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental
Principais temas para a gestão das águas na Região Hidrográfica: criticidade hídrica, saneamento ambiental, desmatamento e assoreamento. Fonte: IBGE
Bacias hidrográficas que a compõe:
Bacia de Gurupi, Bacia de Itapecuru, Bacia de Mearim, Bacia de Munim, Bacia de Pericumã e Bacia de Turiaçu.
Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental
Principais temas para a gestão das águas na Região Hidrográfica: baixa oferta de água, seca, desertificação, transposição do rio São Francisco, qualidade de água, reservação, degradação ambiental. Fonte: IBGE
Principais bacias que a compõe:
Bacia do Rio Jaguaribe, Bacia de Goiana, Bacia do Ipojuca, Bacia da Paraíba, Bacia de Piranha-Apodi, Bacia de Beberibe – Capibaribe, Bacia de Piranhas – Açu e Bacia de Taperoá – Paraíba.
Região Hidrográfica Atlântico Sudeste
Principais temas para a gestão das águas na Região Hidrográfica Atlântico Sudeste: poluição hídrica, irrigação, abastecimento urbano e industrial de água. Fonte: IBGE
Principais bacias que a compõe:
Bacia do Rio Doce, Bacia do Rio Itapemirim, Bacia do Rio Itabapoana, Bacia do Rio Jucu, Bacia do Rio Ribeira de Iguape e Bacia Paraíba do Sul
Na parte 2 sobre Hidrografia começarei falando sobre a Região Hidrográfica Atlântico Sul
