Interpretação de textos
A interpretação de texto imagina o que as ideias do texto tem a ver com a realidade.
O leitor tira conclusões subjetivas do texto (deduzir o que o autor do texto quis dizer).
As informações não estão escrita claramente no texto, elas estão fora do texto, mas tem ligação com ele. Você deve deduzir o que o autor está querendo dizer dentre as ideias que foram escritas no texto.
Para você fazer uma boa interpretação de um texto é necessário que você tenha algum conhecimento prévio sobre o assunto que está sendo abordado pelo autor. Você deve fazer uma análise pessoal e crítica para ter uma conclusão mais completa.
Existem algumas expressões que fica claro que o que se quer analisar é a interpretação do texto:
Conforme o texto, podemos concluir…
Pela leitura do texto é possível perceber…
É possível inferir que através….
O texto permitem levantar a hipótese de que…..
Conclui-se do texto que…
O texto encaminha o leitor para…
Para você fazer uma boa compreensão e interpretação do texto você deve ler atentamente todo o texto. Se possível releia o texto, pois você terá uma ideia melhor do que está escrito.
Grife as partes que você ache mais importante.
Analise o que é fato (compreensão) e o que é opinião (interpretação).
Observe que de um parágrafo a outro pode indicar uma conclusão ou uma continuação de alguma ideia.
E para concluir preste muita atenção nas colocações das vírgulas, elas podem dar um sentido completamente diferente em um texto.
Questão de concurso: Interpretação de texto
Ano: 2019 Banca: CS-UFG Órgão: IF-GO
Os Três Porquinhos e o Lobo, “Nossos Velhos Conhecidos”
Era uma vez Três Porquinhos e um Lobo Bruto. Os Três Porquinhos eram pessoas de muito boa família, e ambos tinham herdado dos pais, donos de uma churrascaria, um talento deste tamanho. Pedro, o mais velho, pintava que era uma maravilha – um verdadeiro Beethoven. Joaquim, o do meio, era um espanto das contas de somar e multiplicar, até indo à feira fazer compras sozinho. E Ananás, o menor, esse botava os outros dois no bolso – e isso não é maneira de dizer. Ananás era um mágico admirável. Mas o negócio é que – não é assim mesmo, sempre? – Pedro não queria pintar, gostava era de cozinhar, e todo dia estragava pelo menos um quilo de macarrão e duas dúzias de ovos tentando fazer uma bacalhoada. Joaquim vivia perseguindo meretrizes e travestis, porque achava matemática chato, era doido por imoralidade aplicada. E Ananás detestava as mágicas que fazia tão bem – queria era descobrir a epistemologia da realidade cotidiana. Daí que um Lobo Bruto, que ia passando um dia, comeu os três e nem percebeu o talento que degustava, nem as incoerências que transitam pela alma cultivada. MORAL: É INÚTIL ATIRAR PÉROLAS AOS LOBOS.
Fernandes, Millôr. 100 Fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: Record, 2003.
A moral da história, explicitada ao final do texto, atribui ao adjetivo “bruto” que acompanha a palavra “lobo” o sentido de algo ou alguém que
A permaneceu ao longo da vida sem transformações; acha-se intocado, inalterado.
B possui grande dimensão ou intensidade; grande, vasto; forte; desmedido.
C incapaz de refinamento; incivil, rude; inculto, pouco instruído, incapaz de reflexão.
D é violento, desumano, desprovido de moderação, selvagem, colérico, irascível.
RESPOSTA DA QUESTÃO LETRA C