Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções e conclusões
Lógica da argumentação
Fiz uma atualização deste assunto em 2024. Veja no vídeo abaixo:
A lógica é como pensamos sobre o que sabemos, ou pelo menos, achamos que sabemos.
A argumentação é como usamos nosso raciocínio para tentar convencer alguém sobre algo que acreditamos estar correto. Esta argumentação para fazer sentido tem que estar baseado em informações disponíveis e preferencialmente sobre dados corretos.
A lógica de Argumentação é a proposição (premissas) do raciocínio lógico, ou seja, é baseada no que pode ser verdadeiro ou falso. Estas premissas têm uma explicação lógica para que possamos concluir algo.
Analogias
Este raciocínio faz comparações (semelhanças) entre casos conhecidos com desconhecidos.
Ela defende que existe alguma semelhança entre as proposições.
É a operação de estabelecer uma relação entre coisas em virtude de haver uma relação de semelhança entre elas
Exemplos de raciocínio por analogia
Votar em branco é como deixar que outra pessoa escolha o sabor de seu refrigerante.
Se deixar de escolher o sabor do refrigerante e não gostar, não tem direito de reclamar.
Portanto, se votar em branco você não tem o direito de reclamar se o vencedor for um péssimo governante.
QUESTÃO DE CONCURSO
Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: FUNPRESP-EXE
Acerca dos argumentos racionais, julgue o item a seguir.
No diálogo a seguir, a resposta de B é fundamentada em um raciocínio por analogia.
A: O que eu faço para ser rico assim como você?
B: Como você sabe, eu não nasci rico. Eu alcancei o padrão de vida que tenho hoje trabalhando muito duro. Logo, você também conseguirá ter esse padrão de vida trabalhando muito duro.
Certo
Errado
Como vimos anteriormente o raciocínio por analogia faz comparações (semelhanças) entre casos conhecidos com desconhecidos.
No raciocínio por analogia, comparamos uma situação conhecida com uma desconhecida. A analogia é utilizada para “concluir” algo a partir de uma situação anterior. Agora analisando a questão, temos:
A: O que eu faço para ser rico assim como você?
B: Como você sabe, eu não nasci rico. Eu alcancei o padrão de vida que tenho hoje trabalhando muito duro.
Conclusão: Logo, você também conseguirá ter esse padrão de vida trabalhando muito duro.
Podemos ver que A não é rico e B não nasceu rico, mas B trabalhou muito duro para ser rico.
Usando o raciocínio por analogia chegamos a conclusão que se A trabalhar muito duro ficará rico como B.
RESPOSTA DA QUESTÃO: CORRETO
Inferências:
Inferência é a ação de inferir, ou seja, deduzir algo tirando uma conclusão. É um método que parte de uma ou mais premissas para achar novas proposições. Se a inferência for válida, significa que a nova proposição foi
Inferência: é o processo a partir de uma ou mais premissas se chegar a novas proposições. Quando a inferência é dada como válida, significa que a nova proposição pode ser utilizada em outras inferências.
Partindo de algumas hipóteses podemos inferir uma conclusão.
Silogismo: É fundamental para a inferência. É uma maneira de deduzir que é formada por duas premissas (proposições) e uma conclusão. Você chega a uma conclusão através da dedução de informações contidas nas duas premissas.
Nem todas as inferências oferecem conclusões verdadeiras.
Por exemplo: Podemos afirmar que todos as zebras são animais de quatro patas, mas não se pode inferir que todos os animais de quatro patas são zebras.
Quanto mais características tenha a premissa, maior é a chance de inferir corretamente.
Se perguntarem para você qual é o animal de quatro patas que tem listras, você poderá inferir com uma margem maior de acerto que pode ser uma zebra.
Regras de inferências |
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Modus Ponens (MP) |
Modus Tollens (MT) |
1ª premissa: p → q
2ª premissa: p ( 1ª premissa é verdadeira) Conclusão: q |
1ª premissa: p → q
2ª premissa: ~q (negando a 2ª premissa) Conclusão: ~p |
Ex.:
Se eu não tiver aula, eu vou ao cinema Se eu não tiver aula (premissa verdadeira) Conclusão: logo, eu vou ao cinema |
Ex.:
Se eu não tiver aula, eu vou ao cinema Eu não fui ao cinema (negando a premissa) Conclusão: logo, eu tive aula |
Deduções e conclusões
Existem dois processos de raciocínio:
Dedução
A dedução parte de uma certeza (uma premissa universal) para poder chegar a uma conclusão, ou seja, ela vai do todo a uma parte. Ela parte de algo abrangente para descobrir uma verdade particular. Ele tem mais segurança na conclusão por que usa premissas já aceita pelas pessoas.
Ex.:
Pedro é natural de Belo Horizonte
Belo Horizonte é uma cidade de Minas Gerais
Quem nasce em Minas Gerais é mineiro
Logo, Pedro é mineiro
Indução
É o oposto da dedução, pois parte de casos particulares, buscando semelhanças entre eles para se definir uma premissa universal, ou seja, ela vai da parte ao todo.
Ex.: O cão da Maria tem rabo
O cão do João tem rabo
O cão do Pedro tem rabo
Todo cão é um animal
Logo, todo animal tem rabo
Conclusão
É uma proposição que tem a resposta final da inferência que foi baseada nas premissas dadas.
Normalmente ela começa com as expressões logo, por isso, portanto….